Archive for 2012
posted by Unknown on DolceVita
posted by Unknown on Eu
Gostar dá muito trabalho, ocupa muito de nós, necessita de tempo e dedicação...
posted by Unknown on Eu, Mundo, Piu Bella Cosa
posted by Unknown on Eu, Pequenas Grandes Coisas
posted by Unknown on 7Arte
posted by Unknown on Amore, MEC, Relações
Há coisas que não são para se perceberem. Esta é uma delas. Tenho uma coisa para dizer e não sei como hei-de dizê-la. Muito do que se segue pode ser, por isso, incompreensível. A culpa é minha. O que for incompreensível não é mesmo para se perceber. Não é por falta de clareza. Serei muito claro. Eu próprio percebo pouco do que tenho para dizer. Mas tenho de dizê-lo.O que quero é fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixonade verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria.Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo". O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios.Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem. A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas.Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há,estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço.Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas. Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo?O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida,o nosso "dá lá um jeitinho sentimental". Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade. Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar.O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto. O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não é para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende.O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem. Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado,viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir. A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a Vida inteira, o amor não. Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também.
posted by Unknown
posted by Unknown on Eu, Pequenas Grandes Coisas
posted by Unknown on Eu
posted by Unknown on Eu
posted by Unknown on Eu
posted by Unknown on Amore, Excertos
Nas casas, nos carros, nas pontes, nas ruas.
Em todo o lado essa palavra
Repetida ao expoente da loucura!
Ora amarga! Ora doce!
Pra nos lembrar que o amor é uma doença,
Quando nele julgamos ver a nossa cura!
posted by Unknown on Amore
posted by Unknown on Eu
As palavras certas deixam de ser certas quando demoram muito tempo a ser ditas...
posted by Unknown on Pequenas Grandes Coisas, Pessoas
posted by Unknown on 7Arte
posted by Unknown on Amore, Excertos, Relações
Posso não ter unhas. Posso ter apenas restos de sanidade mental e, com sorte, algum equilíbrio que o valha. Posso ter vinho a encharcar-me o estômago e o rosto seco tal o sal das lágrimas. Posso ter os ouvidos exaustos (e deprimidos) de tanta melancolia musical ou a vista cansada de tanta poesia de cortar à faca. Posso ter o cérebro frouxo, tais os pensamentos nublosos que me assomam, e o coraçãocertamentemeio morto. Atrofiado. Posso ter folgas nas calças, cabelos fora do sítio, maquilhagem despreocupadamente colocada. Posso ter sombras nos olhos moribundos ou o sono assassinado com astuaslembranças (consecutivas), interrompendo qualquer tipo de "dorme bem". Posso ter tudo isso que me fazpensarnão ter nada. Posso não te ter, que é um facto. Não te tenho, não nos temos - para não pôr toda a carga da culpa em ti. Mas caramba,possodevo ter amor pela vida. Ainda que não tenha unhas, sanidade, equilíbrio. Ainda que tenha vinho a mais, lágrimas, melancolia, gelo (ao invés de coração). Ainda que não tenha calças que me moldem um corpo atrofiado e carentede ti.ainda que não tenha vontade, sorriso, brilho, paixão (à vida). Ainda que não tenha fé (no amor), e que mal e porcamente acredite num "viveram felizes para sempre", porra, como tenho de ter amor àminhavida. (não ligaste). Posso não ter nada, mas tenho uma vida maior que o nada. Tenho uma réstia de esperança que existe sempre algo maior que aquilo que não posso. Que, julgo, não aguentar, não poder. (sempre pensando em ti).
posted by Unknown on Dia-a-dia, Excertos, Life, Pequenas Grandes Coisas
"You never know the biggest day of your life is going to be the biggest. Not until it's happening.
The days you think are going to be big ones, they are never as big as you make them how to be... in your head. It's the regular days, the ones that start out normal, those are the days that end up being the biggest.
You don't recognize the biggest day of your life, not until you're right in the middle of it.
The day you commit to something or someone.
The day you get your heart broken.
The day you meet your soul mate.
The day you realize there's not enough time, because you wanna live forever.
Those are the biggest days.
The perfect days.
You know?"
posted by Unknown on Amore, Be yourself, Relações
posted by Unknown on Feminismo, Life, Pequenas Grandes Coisas
posted by Unknown on Piu Bella Cosa
E no final de cada beijo, um gosto de ti...
posted by Unknown on Piu Bella Cosa
posted by Unknown on Ahahah
“Being a woman is a terribly difficult task, since it consists principally in dealing with men.”
2012
posted by Unknown on Eu
posted by Unknown on Friendship, MEC, Relações
"Os amigos cada vez mais se vêem menos. Parece que era só quando éramos novos, trabalhávamos e bebíamos juntos que nos víamos as vezes que queríamos, sempre diariamente. E, no maior luxo de todos, há muito perdido: porque não tínhamos mais nada para fazer.Nesta semana, tenho almoçado com amigos meus grandes, que, pela primeira vez nas nossas vidas, não vejo há muitos anos. Cada um começa a falar comigo como se não tivéssemos passado um único dia sem nos vermos.Nada falha. Tudo dispara como se nos estivera – e está – na massa do sangue: a excitação de contar coisas e partilhar ninharias; as risotas por piadas de há muito repetidas; as promessas de esperanças que estão há que décadas por realizar.Há grandes amigos que tenho a sorte de ter que insistem na importância da Presença com letra grande. Até agora nunca concordei, achando que a saudade faz pouco do tempo e que o coração é mais sensível à lembrança do que à repetição. Enganei-me. O melhor que os amigos e as amigas têm a fazer é verem-se cada vez que podem. É verdade que, mesmo tendo passado dez anos, sente-se o prazer inencontrável de reencontrar quem se pensava nunca mais encontrar. O tempo não passa pela amizade. Mas a amizade passa pelo tempo. É preciso segurá-la enquanto ela há. Somos amigos para sempre mas entre o dia de ficarmos amigos e o dia de morrermos vai uma distância tão grande como a vida."
posted by Unknown on DolceVita
BOM DIA MUNDO!!
posted by Unknown on Eu, Trabalho
E começou por ser assim...
Até que..."Cláudia, isso é demasiado complexo para uma tese de mestrado...hmmm...talvez para doutoramento se tiver interesse"
E seja o que Deus quiser!
posted by Unknown on DolceVita, Eu, Life, Pequenas Grandes Coisas
posted by Unknown on Excertos
posted by Unknown on Life
posted by Unknown on Amore, Dance, Relações
posted by Unknown on DolceVita, No Mundo de Baco
posted by Unknown on DolceVita
posted by Unknown on Mundo
posted by Unknown on Ahahah, Piu Bella Cosa
posted by Unknown on Life, Pequenas Grandes Coisas
posted by Unknown on Be yourself, DolceVita, Life
And break all the rules
posted by Unknown on DolceVita
posted by Unknown on DolceVita, MEC
"De vez em quando acontece, um dia bem passado. Um dia que é o contrário da vida, porque desde o primeiro ao último momento acordado, passa-se bem, como antigamente se dizia em Angola e cá.Um dia bem passado não pode ser planeado. Mas tem de ser protegido. Um dia bem passado é um dia que se passa quase às escondidas. Parece mais roubado do que um beijo - e tem razão.Um dia quando é mesmo bem passado nem faz pena quando acaba."
posted by Unknown on Amore, Excertos
Por essa vida fora hás-de adorar
Lindas mulheres, talvez; em ânsia louca,
Em infinito anseio hás de beijar
Estrelas d´ouro fulgindo em muita boca!
Hás de guardar em cofre perfumado
Cabelos d´ouro e risos de mulher,
Muito beijo d´amor apaixonado;
E não te lembrarás de mim sequer...
Hás de tecer uns sonhos delicados...
Hão de por muitos olhos magoados,
Os teus olhos de luz andar imersos!...
Mas nunca encontrarás p´la vida fora,
Amor assim como este amor que chora
Neste beijo d'amor que são meus versos!...
posted by Unknown on Be yourself
posted by Unknown on 7Arte
posted by Unknown on Life, Relações
"There's a reason I said I'd be happy alone.
It wasn't 'cause I thought I'd be happy alone.
It was because I thought if I loved someone and then it fell apart, I might not make it.
It's easier to be alone, because what if you learn that you need love and you don't have it? What if you like it and lean on it? What if you shape your life around it and then it falls apart? Can you even survive that kind of pain?
Losing love is like organ damage. It's like dying. The only difference is death ends.
This?
It could go on forever."
posted by Unknown on 7Arte, Amore, Life
posted by Unknown on Eu, No Mundo de Baco, Piu Bella Cosa
posted by Unknown on Friendship, MEC
"Não se pode ter muitos amigos. Mesmo que se queira, mesmo que se conheçam pessoas de quem apetece ser amiga, não se pode ter muitos amigos. Ou melhor: nunca se pode ser bom amigo de muitas pessoas. Ou melhor: amigo. A preocupação da alma e a ocupação do espaço, o tempo que se pode passar e a atenção que se pode dar — todas estas coisas são finitas e têm de ser partilhadas. Não chegam para mais de um, dois, três, quatro, cinco amigos. É preciso saber partilhar o que temos com eles e não se pode dividir uma coisa já de si pequena (nós) por muitas pessoas.
Os amigos, como acontece com os amantes, também têm de ser escolhidos. Pode custar-nos não ter tempo nem vida para se ser amigo de alguém de quem se gosta, mas esse é um dos custos da amizade. O que é bom sai caro. A tendência automática é para ter um máximo de amigos ou mesmo ser amigo de toda a gente. Trata-se de uma espécie de promiscuidade, para não dizer a pior. Não se pode ser amigo de todas as pessoas de que se gosta. Às vezes, para se ser amigo de alguém, chega a ser preciso ser-se inimigo de quem se gosta.Em Portugal, a amizade leva-se a sério e pratica-se bem. É uma coisa à qual se dedica tempo, nervosismo, exaltação. A amizade é vista, e é verdade, como o único sentimento indispensável. No entanto, existe uma mentalidade Speedy González, toda «Hey gringo, my friend», que vê em cada ser humano um «amigo». Todos conhecemos o género — é o «gajo porreiro», que se «dá bem com toda a gente». E o «amigalhaço». E tem, naturalmente, dezenas de amigos e de amigas, centenas de amiguinhos, camaradas, compinchas, cúmplices, correligionários, colegas e outras coisas começadas por c.Os amigalhaços são mais detestáveis que os piores inimigos. Os nossos inimigos, ao menos, não nos traem. Odeiam-nos lealmente. Mas um amigalhaço, que é amigo de muitos pares de inimigos e passa o tempo a tentar conciliar posições e personalidades irreconciliáveis, é sempre um traidor. Para mais, pífio e arrependido. Para se ser um bom amigo, têm de herdar-se, de coração inteiro, os amigos e os inimigos da outra pessoa. E fácil estar sempre do lado de quem se julga ter razão. O que distingue um amigo verdadeiro é ser capaz de estar ao nosso lado quando nós não temos razão. O amigalhaço, em contrapartida, é o modelo mais mole e vira-casacas da moderação. Diz: «Eu sou muito amigo dele, mas tenho de reconhecer que ele é um sacana.» Como se pode ser amigo de um sacana? Os amigos são, por definição, as melhores pessoas do mundo, as mais interessantes e as mais geniais. Os amigos não podem ser maus. A lealdade é a qualidade mais importante de uma amizade. E claro que é difícil ser inteiramente leal, mas tem de se ser."
posted by Unknown on Life
posted by Unknown on Amore, Excertos
"O amor mudou sem darmos conta disso. Já ninguém chora de amor como antigamente em que se alagavam estações inteiras de comboio, de autocarro, só porque ele ia embora, só porque ela o deixava por uma semana. (...) E então: Que é feito disto? Onde estão as pessoas que choram umas pelas outras?Já ninguém corre atrás dos comboios em andamento, já ninguém tenta dizer uma última coisa antes da partida, já ninguém diz adeus de peito aberto. Sejamos claros, é preciso chorar mais. Mas mais importante do que isso, é preciso chorar bem. E a este nível, não tenhamos dúvidas que o melhor choro, é o que tem soluços e faz fungar. Eu sei do que falo. Eu já chorei de amor e lembro-me bem que soluçava e fungava com grande mestria. O melhor choro aqui vos digo, não separa o fungo do soluço - isso nunca - porque é precisamente essa perniciosa junção, que causa um tamanho desconforto a nível respiratório, que nos obriga a parar de o fazer e nos certifica - agora sim - que estamos perante um grande amor. Soluçante. Fungoso. Exactamente, como o amor deve ser."
posted by Unknown on Life
posted by Unknown on Piu Bella Cosa
posted by Unknown on Excertos, Homens, Pessoas
"O povo português é constituído por gente sensata. Pacata. Como dizia George Bernard Shaw, o homem sensato adapta-se ao mundo, o homem insensato persiste em tentar adaptar o mundo a ele mesmo. Por isso, todo o progresso depende do homem insensato.Para a gente que hoje manda em Portugal, o 25 de Abril é uma data que começa a fazer tanto sentido como o 1º de Dezembro ou o 5 de Outubro. E o salazarismo é um período tão distante da nossa história como as Descobertas e o tempo imperial. A queda de Salazar da cadeira ou a de Caetano no Carmo interessam tanto como a tomada de Ceuta ou a construção da fortaleza de Ormuz. São parte dessa matéria informe, que não aparece no facebook nem nos smartphones, que não se twitta nem se bloga, chamada passado. História. A história de um país é a memória de um país e conhecer a história pode ajudar a não repetir os mesmos erros."
posted by Unknown on Excertos, Mundo, Pessoas
Antes que a ideia de Deus esmagasse os homens, antes dos autos de fé, das perseguições religiosas da Inquisição e do fundamentalismo islâmico, o Mediterrâneo inventou a arte de viver. Os homens viviam livres dos castigos de Deus e das ameaças dos Profetas: na barca da morte até à outra vida, como acreditavam os egípcios. E os deuses eram, em vida dos homens, apenas a celebração de cada coisa: a caça, a pesca, o vinho, a agricultura, o amor. Os deuses encarnavam a festa e a alegria da vida e não o terror da morte.Antes da queda de Granada, antes das fogueiras da Inquisição, antes dos massacres da Argélia, o Mediterrâneo ergueu uma civilização fundada na celebração da vida, na beleza de todas as coisas e na tolerância dos que sabem que, seja qual for o Deus que reclame a nossa vida morta, o resto é nosso e pertence-nos – por uma única, breve e intensa passagem. É a isso que chamamos liberdade – a grande herança do mundo do Mediterrâneo.(...) Sabes, quem não acredita em Deus, acredita nestas coisas, que tem como evidentes. Acredita na eternidade das pedras e não na dos sentimentos; acredita na integridade da água, do vento, das estrelas. Eu acredito na continuidade das coisas que amamos, acredito que para sempre ouviremos o som da água no rio onde tantas vezes mergulhámos a cara, para sempre passaremos pela sombra da árvore onde tantas vezes parámos, para sempre seremos a brisa que entra e passeia pela casa, para sempre deslizaremos através do silêncio das noites quietas em que tantas vezes olhámos o céu e interrogámos o seu sentido. Nisto eu acredito: na veemência destas coisas sem princípio nem fim, na verdade dos sentimentos nunca traídos.
posted by Unknown on Amore, Piu Bella Cosa
posted by Unknown on Be yourself, Excertos, Life, Pessoas
posted by Unknown on Be yourself, Excertos, Life
posted by Unknown on Excertos
posted by Unknown on DolceVita, Piu Bella Cosa
posted by Unknown on MEC, Mundo
“Só ontem vi dois cães abandonados. Vi duas vezes o mesmo old english sheepdog a correr pela estrada fora, com a pressa doida de quem ainda acredita que vai alcançar o carro dos donos que o deixaram ali num ermo. De manhã, apareceu na esplanada onde eu vou um velho sharpei de expressão esperançosa. Estudava a cara de toda a gente, como se quisesse ter a certeza de não se enganar na identificação dos donos, caso ali estivessem a esconder-se dele. Já não confiava que o reconhecessem.
Ele estava irreconhecível, de certeza, fora a coleira de onde tinham arrancado a morada. É injusto, mas são os cães que eram mais giros quando eram pequenos que metem mais dó. É o contraste entre a festa que lhe faziam quando eram cachorrinhos e a indiferença com que os abandonam quando se tornam cães.
É incompreensível que, numa época em que cada vez mais actividades humanas são proibidas, continuem impunes os abandonadores de animais. Talvez pudessem passar umas férias num canil da câmara? Como pode ser mais grave e mais castigado deitar um saco de lixo para a rua do que um animal dito de estimação?
Já que todos estamos cada vez mais documentados, porque não hão-de estar obrigatoriamente identificados com chips e registados os animais a nosso cargo? A maneira como tratamos e protegemos os bichos selvagens tem vindo a melhorar. Não será altura de começar a tratar melhor os bichos – como os cães e os gatos – que gostam de nós e que ainda pensam que gostamos deles?”
posted by Unknown on Life
posted by Unknown on Amore